Realismo Americano

Movimento artístico americano que se desenvolveu na primeira vintena do século XX. Surgiu em resposta à profunda mudança social e urbanística que ocorria nas grandes cidades. Influenciou a arte pictórica, literatura, jornalismo e música. A parte pictórica foi impulsionada por um grupo de pintores (Escola Ashcan) sediados em Nova York, cidade na qual encontraram sua principal fonte de inspiração.

O estilo busca captar novas realidades da vida, do trabalho e do lazer das pessoas agora transformadas em urbanitas, com frequência são apreciados temas como: paisagens urbanas, escritórios, hotéis, cenas rurais com elementos modernos e avanços tecnológicos.

Obras de Edward Hopper que exemplificam essas temáticas:

Visto dessa maneira, pode-se pensar que o estilo não é mais do que uma forma pictórica descritiva, no entanto, esta variante do realismo vai muito além, uma de suas características fundamentais é que o tema está impregnado de um forte halo de melancolia, nostalgia e solidão, nesse sentido representa um olhar crítico social, como perguntando Vale a pena os avanços a este preço?

Quanto à técnica, o realismo americano apresenta uma pincelada limpa, respeita os cânones clássicos de profundidade e volume. As cores são realistas, geralmente nas obras mistura-se uma gama de tons naturais (terrosos e verdes), com as cores sintéticas características da vida moderna: cores fortes e/ou metálicas.

Os pintores que cultivaram o estilo parecem concordar espontaneamente nos elementos comuns, de temática e sensação. Cada um, por sua vez, entregou sua visão pessoal da cidade. Alguns artistas remetem às formas e cores do expressionismo, outros se aproximam dos mais finos exemplos do impressionismo francês.

As pinturas do realismo americano já fazem parte da cultura e história da arte americana, são uma parte fundamental para entender movimentos artísticos posteriores como o Regionalismo, o Pop art e a arte contemporânea.